Temos uma tradição em casa: comemoramos todo dia primeiro o início da nossa vida juntos, a concretização do sonho, que começou em 1º de março de 2013. Em alguns meses saímos, vamos a um lugar especial; em outros, jantamos em casa, mas sempre procuramos tornar nosso dia diferente, especial, e à noite tomamos um vinho curtindo o momento.

Nesse primeiro de dezembro a Renatinha estava particularmente preocupada. Estaríamos na estrada na terça à noite, complicando muito a possibilidade de comemorarmos, mas no final deu tudo certo. Saímos um pouco mais cedo de Itajubá, o suficiente para chegarmos a tempo de um bom jantar.

Chegamos em São Paulo perto das 21h e seguimos direto para o Zena Caffè, um restaurante italiano descolado localizado nos Jardins, com pratos diferentes e bem preparados e uma carta de vinhos muito interessante. O ambiente é gostoso e o pessoal de lá muito simpático, interessado em servir bem os clientes. Depois de três horas de viagem, era tudo o que precisávamos.

Depois de uma rápida olhada no cardápio já foi possível definir o tipo de vinho que acompanharia a noite e nossa escolha foi um Mandrarossa Costadune Nero d’Avola 2012. Um belo siciliano para acompanhar boas massas.

Particularmente eu gosto muito desse tipo de vinho, normalmente encorpados e aromáticos, com um bom custo. Vale a pena.

Os pratos foram uma atração à parte. Com longos nomes italianos, são extremamente aromáticos, bonitos e saborosos.

Eu escolhi um Tagliatelle con ragù di agnello, ou massa verde fresca com ragú de cordeiro e hortelã. A Renatinha foi de Pappardelle al ragu d´anatra e arancia, ou massa fresca com ragú de pato e laranja confitada. O interessante é que o restaurante oferece os pratos em meias porções, o que é perfeito, pois a Renatinha come menos e não gosta de deixar comida no prato.

Pessoal, os pratos estavam simplesmente sensacionais! No meu prato era marcante o sabor do cordeiro e o frescor da hortelã; já no da Renatinha a carne macia do pato com o adocicado da laranja dava um toque exótico.

Para arrematar, ainda pedimos sobremesa. Eu fui de Latte Dolce Frito, uma espécie de doce de leite frito, para comer molhado no doce de leite. A Renatinha escolheu Sacripantina, um tiramissu à moda siciliana. Tudo muito bem feito e equilibrado.

O vinho

Como já comentei antes, os vinhos sicilianos da uva Nero d’Avola são muito interessantes, gastronômicos e aromáticos e o Mandrarossa Costadune Nero d’Avola 2012 fez bonito.

Aromas de frutas vermelhas, um vinho bom para momentos descontraídos. Não passa em barricas de carvalho, deixando-o um pouco mais frutado e leve, mas sem comprometer. Seu processo de produção envolve passar três meses em tanques de aço inox à temperatura controlada de 10ºC.

É um vinho moderno, mas que não deixa a tradição da Sicília para trás. Mantém um bom corpo e uma persistência média no paladar. Bebe-se uma garrafa facilmente, se for bem acompanhado então…

Mesmo cansados da viagem, passamos horas curtindo o vinho, a comida e a companhia um do outro. Saímos do Zena Caffè já de madrugada, felizes por termos comemorado muito bem os 33 meses da nossa união! E que venha o próximo dia primeiro – que, por sinal, será o Reveillon!

Mandrarossa Costadune Nero d'Avola 2012
  • Ao abrir a garrafa
  • Na taça
  • A prova
  • Meia hora depois
3.5

Minhas impressões

Aromas de frutas vermelhas, um vinho bom para momentos descontraídos. Não passa em barricas de carvalho, deixando-o um pouco mais frutado e leve, mas sem comprometer. Seu processo envolve passar três meses em tanques de aço inox à temperatura controlada de 10ºC. É um vinho moderno, mas que não deixa a tradição da Sicília para trás. Mantém um bom corpo e uma persistência média no paladar.

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